Militar cumpre “ordem ilegal”, diz novo advogado de Mauro Cid Defensor do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que seu cliente é um "grande injustiçado" ~ Hope Notícias

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Militar cumpre “ordem ilegal”, diz novo advogado de Mauro Cid Defensor do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que seu cliente é um "grande injustiçado"



 

Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O advogado criminalista Cezar Roberto Bittencourt, novo responsável pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, disse que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “grande injustiçado” na investigação da Polícia Federal (PF) sobre um esquema de venda ilegal de joias recebidas pela Presidência em viagens oficiais no exterior.

Para Bittencourt, ajudantes militares como Cid cumprem “ordens ilegais e injustas” dos chefes por causa da “obediência hierárquica”.

– Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele. Ordem ilegal, militar cumpre também. Ordem injusta, cumpre. Acho que não pode cumprir é ordem criminosa – disse o advogado, em uma entrevista concedida à GloboNews nesta quarta-feira (16).

Bittencourt também afirmou que o ex-ajudante de ordens sofre uma injustiça por estar preso em uma cela no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, em Brasília, e que vai avaliar se o militar tinha consciência de que teria cometido um crime ao revender itens valiosos recebidos pelo governo Bolsonaro em comitivas oficiais.

– Vamos avaliar onde apareceu, se apareceu e se ele tinha consciência disso. Mas são questões de foro íntimo.

Cid é citado pela PF como um dos responsáveis por organizar o esquema ilegal. Conversas obtidas pelos investigadores mostram que o ex-ajudante de ordens tinha dúvidas se os objetos de luxo recebidos por Bolsonaro poderiam ser vendidos ou não.

As peças recebidas pelo então governo federal deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, incluídas no estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, segundo afirmações da polícia.

*AE

FONTE:PLENO NEWS

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