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Nesta sexta-feira (1º) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontraram durante a Celac (Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) que acontece em São Vicente e Granadinas, no Caribe.
Durante o encontro, os políticos de esquerda conversaram sobre assuntos relacionados à cooperação técnica em agricultura e pecuária. As informações são da imprensa venezuelana.
Outro assunto que os líderes teriam conversado foi a expansão da colaboração, os investimentos e a organização de um encontro entre empresários dos dois países.
Maduro publicou em suas redes sociais a imagem do encontro e comentou sobre como foi se reunir com seu amigo brasileiro.
– A reunião que tive com o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi frutífera, com o propósito de continuar a consolidar as relações diplomáticas em diferentes setores para o desenvolvimento compartilhado. Compromisso e cooperação! – escreveu o ditador.
O Exército Brasileiro informou, nesta sexta-feira (5), que as sindicâncias internas realizadas sobre os atos de 8 de janeiro concluíram que não houve indícios de crime nos casos investigados.
Também afirmou que, após a apuração, duas punições disciplinares foram dadas aos militares envolvidos. As punições ocorreram por transgressões disciplinares na conduta e procedimentos adotados durante a ação no Palácio do Planalto.
O Exército diz ainda que instaurou quatro inquéritos policiais militares e outros quatro processos administrativos para apurar crimes ou desvios de condutas de militares. Concluídos os inquéritos, foram encaminhados à justiça militar, que condenou, até o momento, um coronel da reserva do Exército.
MARINHA A Marinha informou que instaurou procedimentos administrativos contra três militares: sendo um oficial reformado, após registro fotográfico em frente ao Congresso; um praça reformado, que tinha sido preso pela Polícia Militar do Distrito Federal, mas que a justiça militar arquivou a denúncia; e uma praça da reserva, presa também pela PM, e que responde em liberdade provisória como ré em ação no Supremo Tribunal Federal.
O Exército destacou seu compromisso com a legalidade e transparência na prestação de informação à sociedade e no combate a desinformação.
A Marinha afirmou que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência.
Procurada, a Força Aérea não respondeu sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.
No inicio da manhã desta segunda-feira (28), a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) interrompeu o abastecimento de água a partir da Estação de Tratamento (ETA) Guandu, que atende 13 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Foram identificados focos de espuma branca no manancial e, por segurança, foi fechada a captação das piscinas de filtragem, desviando a água suja para as comportas da descarga. As informações são do G1.Uma equipe da Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil, foi até a estação de tratamento.
– O protocolo de contingência foi acionado em razão das alterações da qualidade da água bruta [não tratada]. Técnicos monitoram continuamente as condições do manancial até que a concentração deste material não represente risco e, assim que a situação for controlada, a operação da ETA será retomada. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foi notificado para a tomada das devidas providências. As concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu, também foram comunicadas – disse a Cedae.
Os municípios afetados são Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro e São João de Meriti.
Nesta quarta-feira (16), Lula presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os dois se falaram por telefone.
No Twitter, Lula explicou que falou sobre combate às mudanças climáticas, a Cúpula da Amazônia, preservação ambiental e uma iniciativa conjunta pro trabalho decente.
– Conversei, neste começo de tarde, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Falamos sobre o combate às mudanças climáticas, a Cúpula da Amazônia e preservação ambiental. Também falamos sobre uma iniciativa conjunta do Brasil e dos Estados Unidos por trabalho decente que iremos lançar em breve.
Por cerca de 30 minutos, os dois chefes de estado falaram sobre mudanças climáticas, preservação ambiental, e sobre a Cúpula da Amazônia, realizada na semana passada em Belém (PA). Lula também manifestou solidariedade às vítimas dos incêndios no Havaí e suas famílias.
Lula ressaltou a importância de avançar seriamente no debate sobre as mudanças climáticas. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o presidente Biden disse concordar “em 100%” com as preocupações manifestadas por Lula, reconheceu as responsabilidades dos países desenvolvidos e a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento a lidar com os efeitos da crise climática.
O presidente brasileiro manifestou intenção de transformar o país em um exemplo para o mundo nos temas da preservação ambiental e da transição energética e citou o lançamento recente do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco nessas áreas.
Os dois líderes também trataram da iniciativa conjunta para o avanço do trabalho decente na economia do século XXI, a ser proposto por Estados Unidos e Brasil, com a participação de representantes dos movimentos sindicais e da OIT, por ocasião da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas.
– É a primeira vez que trato com um presidente interessado nos trabalhadores. Suas políticas e discursos sobre o mundo do trabalho soam como música para os meus ouvidos e certamente juntos poderemos inspirar outros governantes a olhar para as questões dos trabalhadores – disse Lula.
Lula e Biden devem se encontrar em setembro, na cúpula do G20 e na Assembleia da ONU. Lula reiterou convite ao presidente Biden para visitar o Brasil ano que vem, o que poderia ocorrer em um estado da região amazônica.
Jornalistas da GloboNews criticaram a publicação que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, fez após o apagão que, na manhã desta terça-feira (15), afetou o fornecimento de energia elétrica em pelo menos 25 estados do país e no Distrito Federal. A esposa de Lula citou a privatização da Eletrobras.
– A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022. Era só esse o tuíte – escreveu Janja.
Durante o EstúdioI, Andreia Sadi, Octavio Guedes, Flávia Oliveira e Valdo Cruz debateram sobre o caso, concluindo que o post acabou por politizar a questão.
– A gente saiu de um governo de fake news, e o Brasil está precisando neste momento é de informação – comentou Octavio Guedes.
APAGÃO Um apagão, na manhã desta terça, afetou o fornecimento de energia elétrica em pelo menos 25 estados do país e no Distrito Federal. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e o Ministério de Minas e Energia, houve uma falha às 8h31, mas ainda não foram divulgadas as causas do ocorrido.
De acordo com informações levantadas pelo portal G1, ficaram sem energia elétrica cidades nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Por meio de nota, o Operador Nacional do Sistema disse que uma ocorrência às 8h31 interrompeu a carga em estados do Norte e Nordeste, afetando também os do Sudeste.
O órgão ainda relatou que “as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas” e informou que a recomposição foi iniciada em todas as regiões e até as 9h16, 6 mil MW (dos 16 mil MW afetados) já tinham sido recompostos.
O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que determinou a criação de uma sala de situação e a apuração das causas do incidente.
Já o coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo, disse que a causa do apagão deve ser operacional, pois não há um alerta pela seca que pudesse impactar o fornecimento.
Após o apagão em todo o país, a primeira-dama Janja postou em rede social que Eletrobras foi privatizada em 2022. A manifestação gerou debate no #Estudioi. Para @AndreiaSadi, ela acabou politizando a questão. “A gente saiu de um governo de fake news, e o Brasil está precisando… pic.twitter.com/lnBrHJpbRX
Nesta segunda-feira (14), o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, renunciou ao cargo. A decisão dele foi acatada pelo conselho de administração da empresa. As informações são da CNN Brasil.
Um comunicado sobre a renúncia foi enviado aos investidores. O texto, no entanto, não revela o motivo da decisão.
O colegiado da Eletrobras elegeu Ivan de Souza Monteiro para o cargo deixado por Wilson. Monteiro presidia o conselho de administração.
Wilson Ferreira foi eleito para comandar a empresa em agosto de 2022. Ele já havia ocupado o posto entre 2016 e 2021.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bloqueou a liberação de recursos públicos para a educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo na mesma semana em que lançou um programa de ensino em tempo integral. A decisão atraiu críticas e cobranças ao ministro da Educação, Camilo Santana.
A tesourada no Ministério da Educação soma R$ 332 milhões e mexeu em várias ações tocadas pela pasta. O valor atingiu principalmente a educação básica (R$ 201 milhões), incluindo todo o recurso programado para o desenvolvimento da alfabetização (R$ 131 milhões), conforme levantamento da Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
Também foram atingidas verbas para a compra de veículos do transporte escolar (R$ 1 milhão) e bolsas de pesquisa no ensino superior (R$ 50 milhões).
O bloqueio significa que o dinheiro só será liberado se o governo verificar que não há risco de descumprir o teto de gastos, regra fiscal em vigor, e não é possível afirmar quando isso vai acontecer. Na prática, as escolas ficam sem a garantia de receber todo o repasse esperado.
A decisão foi tomada por decreto no último dia 28. Na última terça-feira (1), um dia depois de Lula sancionar o projeto da escola integral, o corte já estava feito no MEC. Bloquear recursos do Orçamento é uma forma de evitar um furo nas contas públicas, conduta que pode até acabar em impeachment do presidente. A conta é matemática, mas o governo escolhe quais áreas serão atingidas quando precisa controlar o caixa.
– O ideal seria que os cortes ocorressem em despesas como passagens aéreas, diárias, locação de imóveis, nas férias de 60 dias do Judiciário, nos super salários, na quantidade de assessores dos parlamentares e outras, mas esses cortes ou não têm escala suficiente para os ajustes necessários ou são tidos como inviáveis politicamente – afirmou o secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.
A escola em tempo integral é a principal aposta do Ministério da Educação atualmente, após o governo ter revogado o programa de escola cívico-militares. A pasta anunciou que pretende incluir 3,2 milhões de estudantes no plano até 2026. O bloqueio significa que as escolas ainda devem receber o dinheiro para o ensino integral, mas podem não ter todos os recursos que esperavam para outras despesas.
– A educação mais uma vez está com a corda no pescoço. Para que as plataformas de alfabetização e educação em tempo integral de fato sejam realidade, o orçamento precisa ser integral e recomposto – disse Alessandra Gotti, doutora em Direito Constitucional e presidente-executiva do Instituto Articule.
– Não se sabe quando a situação vai ser equacionada e esse tipo de corte revela muito a prioridade que se dá – apontou.
Procurado pela reportagem, o ministério encaminhou uma entrevista dada pelo ministro Camilo Santana ao portal UOL na última quarta (2). O chefe da pasta afirmou que o bloqueio não afeta o programa de ensino integral e espera mais recursos para a educação em 2024, com a aprovação do arcabouço fiscal.
O MEC não respondeu, porém, como ficarão as áreas afetadas e como pretende recompor a verba.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) usou as redes sociais, neste sábado (29), para criticar o bloqueio de R$ 1,5 bi do Orçamento. Segundo ele, o governo do presidente Lula (PT) “não tem dinheiro para áreas prioritárias, mas sobra para gastança em viagens e luxos”.
O parlamentar também chamou a gestão do petista de “desgoverno” e apontou que há “silêncio na lacrosfera”.
Jordy se manifestou porque uma semana após anunciar o segundo bloqueio temporário no Orçamento de 2023, no valor de R$ 1,5 bilhão, Lula assinou um decreto, publicado em edição extra na última sexta-feira (28) no Diário Oficial da União, informando que a retenção de recursos atingirá dez ministérios, segundo informações do jornal O Globo. As pastas mais afetadas pela decisão são: Saúde (com R$ 452,024 milhões) e Educação (que será será impedida de usar R$ 332,017 milhões).
– Desgoverno lula bloqueia 1,5 bilhão dos orçamentos da saúde e educação. Não tem dinheiro para áreas prioritárias, mas sobra para gastança em viagens e luxos. Silêncio da lacrosfera – escreveu Carlos Jordy, no Twitter.
Circula pelas redes sociais um vídeo onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ignorar um indígena que tenta cumprimentá-lo durante um evento em Recife, Pernambuco, na quarta-feira (7).
Gravado no Centro Comunitário da Paz Escritor Ariano Suassuna, o vídeo mostra a chegada do petista que cumprimenta algumas pessoas, mas, ao chegar próximo ao indígena, empurra sua mão.
Em seguida, Lula acena para o público que participava da inauguração, disfarçando o empurrão que deu no apoiador que estava ao lado de autoridades.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi um dos que comentou o ocorrido:
– Sabe aquele papo de defesa dos índios? É só papo mesmo. Nunca ligou para “minorias”, apenas as usa como massa de manobra.
O indígena em questão é o cacique Marcos Xukuru, representante dos povos Atikum. Nas redes sociais, o cacique publicou uma imagem sobre sua participação no evento, exaltando o relançamento do programa Farmácia Popular. Ele não comentou se foi ou não empurrado pelo presidente.
O presidente Lula (PT) teve de lidar com uma situação vexatória durante participação na abertura da Bahia Farm Show, nesta terça-feira (6). Trata-se de uma feira do setor agropecuário, realizada em Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste da Bahia. Em reduto petista, o chefe do Executivo foi chamado de “ladrão” por grande parte do público presente.
O evento é promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Para desdenhar da Agrishow [maior evento do segmento na América Latina], realizada no início de maio, Lula disse que iria visitar a feira baiana, mas não contava com tal recepção.
O presidente teve um desconforto com a organização da Agrishow, onde seu ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, discursaria na abertura do evento, mas teria sido “desconvidado” em razão da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro no evento. Na ocasião, Lula chamou os empresários paulistas do setor de “fascistas”.
O governo Lula prometeu acabar com a fila de espera das famílias cadastradas no Cadastro Único que aguardam receber o Bolsa Família. Em maio, porém, a fila tinha cerca de 438 mil famílias que não receberam o benefício.
Todas elas, segundo a Folha de São Paulo, já tiveram o cadastro aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), todavia não começaram a receber o valor mínimo de R$ 600.
No mês de janeiro, 498 mil famílias estavam aptas para receber os repasses do governo federal. A fila foi zerada em março mas, dois meses depois, o número de interessados aumentou e voltou quase ao valor do início do ano.
O ministério liderado por Wellington Dias dá um prazo de 70 dias para que a família aprovada comece a receber o Bolsa Família. O prazo é menor para as famílias “vulneráveis” como indígenas, quilombolas ou resgatados de situação análoga à escravidão que precisam aguardar 45 dias.
Um bloco de documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que trata sobre o 8 de janeiro, que foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e revelado na tarde desta quarta-feira (31) aos membros da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional. Esses documentos prometem atear fogo na CPMI que investiga as manifestações radicais que depredaram as sedes dos Três Poderes, no Distrito Federal.
Trata-se de dois relatórios da Abin sobre o caso. Uma breve análise de ambos já revela que houve adulteração no primeiro relatório de inteligência expedido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, ao Congresso Nacional, comandado naquela data pelo general Gonçalves Dias. O general retirou do ofício os registros que revelam que ele foi informado por mensagens enviadas para o seu celular do expressivo risco de balbúrdia e até mesmo de articulações para invadir os prédios públicos, segundo a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Esses documentos serão imediatamente encaminhados à CPMI do 8 de janeiro e, certamente, cairão como uma bomba na comissão.
Parlamentares relataram que no primeiro ofício, entregue à comissão no dia 20 de janeiro e assinado pelo diretor-adjunto de Gonçalves Dias, Saulo Moura da Cunha, não consta os 11 alertas que o chefe do GSI recebeu no próprio telefone celular, entre os dias 6 e 8 de janeiro, avisando acerca dessas manifestações radicais.
Ocorre que exatamente esses mesmos alertas estão presentes em outra versão do mesmo documento, encaminhada pela Abin para a mesma comissão, em 8 de maio. Isso é, quando o GSI já estava sob comando do general Marco Antonio Amaro dos Santos.
A primeira versão desse ofício foi encaminhada ao Congresso Nacional atendendo ao pedido da CCAI, logo em seguida dos atos radicais, enquanto a segunda versão foi entregue por determinação do ministro Alexandre de Moraes, deferindo um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República.
No dia 4 de maio, o magistrado ordenou que a Abin e a Polícia Militar do Distrito Federal enviassem os relatórios à PGR e, também, mandou a comissão do Senado encaminhar todos os relatórios de inteligência que obteve.
A segunda versão do ofício, com a assinatura do atual diretor-adjunto da agência, Alessandro Moretti, contém 11 envios de alertas para o celular do general Gonçalves Dias, com três mensagens enviadas diretamente a ele.
Portanto, não há que se falar em dúvida de que os responsáveis da área de inteligência do governo tinham total ciência do “risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades”.
O ministro Silvio de Almeida, dos Direitos Humanos, demitiu o então secretário dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro, que revelou à imprensa que o motivo foi uma reunião entre ele e a primeira-dama Janja da Silva.
Castro declarou ao Metrópoles que o ministro ficou “melindrado” com o encontro entre o secretário e a esposa do presidente Lula.
– Senti que o ministro ficou melindrado por ela (Janja) ir no meu gabinete e não no dele. A assessoria dela marcou a reunião com a minha assessoria diretamente. Como eu iria não aceitar a visita dela? (…) Não vi nada demais em agendar – revelou o advogado.
Para o ex-secretário, a visita de Janja ao seu gabinete demonstrava a importância da secretaria e do trabalho desenvolvido.
De acordo com a reportagem, Almeida só foi convidado para o encontro depois que as duas assessorias realizaram todos os trâmites e isso o desagradou.
O encontro estava marcado para o dia 4 de abril, mas foi adiantado para o dia 3. O ministro foi informado e se fez presente na reunião, mas na última quarta-feira (3), ele foi desligado do governo.
O ministro Luiz Marinho, do Trabalho, quer suspender a antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por intermédio do Conselho Curador do Fundo.
A ideia do governo Lula é acabar de vez com o saque-aniversário, mas não há apoio no Congresso para aprovar as medidas que tornem esse cancelamento possível.
Assim, uma das alternativas será impedir que os trabalhadores solicitem empréstimos oferecendo como garantia o saque-aniversário. As informações são do jornal O Globo.
Para Marinho, ao sacar esse dinheiro, os trabalhadores ficam impossibilitados de acessar o total do FGTS disponível em casos de demissão. Pois, ao ser demitido, o trabalhador terá direito a sacar apenas o valor referente à multa rescisória, não ao valor integral do FGTS.
Outro motivo para impedir os saques, é que o governo pensa em usar o resultado líquido das contas do FGTS para políticas de habitação e saneamento básico.
Desde que se mudou para o Palácio da Alvorada, no dia 6 de fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi visitado por inúmeros ministros e integrantes do Congresso. Um levantamento publicado neste domingo (7), pelo site R7, apontou que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi quem mais se reuniu com o presidente.
Segundo dados recebidos pelo veículo via Lei de Acesso à Informação, Padilha visitou Lula 12 vezes na residência oficial do presidente. O número é referente ao período entre os dias 3 de fevereiro e 1° de abril. Na sequência, os ministros que mais visitaram Lula durante o período foram Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, com dez encontros oficiais.
A lista traz ainda, com oito visitas cada, os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral. Já com quatro encontros aparece Fernando Haddad, da Fazenda, enquanto que a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, fez três visitas a Lula.
Com duas visitas cada um estão os ministros Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária; Silvio Almeida, da pasta de Direitos Humanos e Cidadania; Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União; Jader Filho, das Cidades; e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.
Com apenas um encontro estão os seguintes ministros: Mauro Vieira, das Relações Exteriores; Renan Filho, dos Transportes; Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego; Múcio Monteiro, da Defesa; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Carlos Lupi, da Previdência Social; Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Ana Moser, do Esporte; e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional.
INTEGRANTES DO LEGISLATIVO Quem também visitou Lula durante os primeiros meses de mandato foram integrantes do Congresso Nacional, especialmente os aliados do petista no Parlamento e os presidentes da Câmara e do Senado. Enquanto o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) esteve com Lula no dia 24 de março, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi ao Alvorada no dia 28 de março.
Da lista de aliados de Lula no Congresso, quem mais esteve com o presidente foi o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, que visitou o Alvorada ao menos quatro vezes. Já a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), se reuniu com Lula três vezes.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso, esteve com Lula no Alvorada duas vezes. Completando a lista, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, foi apenas uma vez à residência oficial do chefe do Executivo.
O início do governo Lula foi classificado como “bastante decepcionante” pelo empresário Pedro Passos, fundador e conselheiro da Natura. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Passos votou no petista, no segundo turno das eleições, em 2022. No entanto, ele, agora, se manifesta contra o que Lula disse a respeito da guerra na Ucrânia. O empresário também estaria descontente com a lentidão do governo na área ambiental.
O fundador da Natura fez comentários na última terça-feira (18), durante um evento organizado pelo movimento Livres, em São Paulo.
– O capital político do Brasil pode ser erodido se o governo não adotar postura mais pragmática, mais neutra, nas relações comerciais entre Estados Unidos e China e no conflito entre Rússia e Ucrânia – comentou Pedro Passos.
E acrescentou:
– Tinha a expectativa de que esse governo sinalizaria mais na área ambiental. Está demorando muito. Como vamos direcionar os esforços da economia brasileira para a descarbonização, por exemplo? Tenho a impressão que o acordo [de livre comércio] com a União Europeia também está demorando por questões ambientais. Hoje, a parte ambiental tem um papel muito relevante, e o Brasil tem condições de se apropriar dessa agenda.
Circula nas redes sociais vídeos da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participando, nesta quinta-feira (2), da Bienal de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado no Rio de Janeiro.
Durante sua fala, Santos fez questão de destacar que deputadas de outros países estavam participando do evento, entre elas uma aliada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
– Quero saudar as deputadas que se fazem aqui presente, uma do Partido Comunista do Chile e a outra do Partido Socialista da Venezuela, da ampla coligação que dá sustentação a Maduro – apresentou a ministra, que também é presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Em seu discurso, Luciana Santos defendeu a autonomia brasileira e a soberania nacional por meio da Ciência e Tecnologia. Ela também prometeu que os valores das bolsas de estudos nessas áreas serão reajustados ainda no primeiro semestre.
A ministra de Lula também fez uma fala polêmica sobre a economia do país, sugerindo abaixar os juros.
– É preciso ter uma política de juros à altura dos desafios nacionais. O Banco Central tem que baixar a taxa Selic, e nós vamos ter que garantir isso nas ruas. Baixar juros para retomar o crescimento do país – defendeu.
A posição de Lula de não dar autonomia ao Banco Central (BC) em relação aos juros gera ainda mais desconforto no mercado já bastante apreensivo com o novo governo. O presidente chegou a dizer nesta quinta que a independência do BC é “bobagem”.
Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, criticou declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que retomou relações com o regime de Nicolás Maduro. Em entrevista à coluna de Malu Gaspar, do Jornal O Globo, Guaidó afirmou que o petista presta grande desserviço à democracia por não se contrapor a Maduro.
Durante viagem à Argentina, Lula chamou de “abominável” o reconhecimento de Guaidó como presidente interino por parte da comunidade internacional, em 2019.
Guaidó ressaltou que “há uma sistemática violação de direitos humanos na Venezuela denunciada no Tribunal Penal Internacional”.
– Sem dúvida o Brasil é uma potência no continente e no mundo. A posição do país a respeito da democracia é muito importante, não em relação a mim ou ao Maduro. Há uma sistemática violação de direitos humanos na Venezuela denunciada no Tribunal Penal Internacional, nos informes da comissão criada por Michelle Bachelet [ex-presidente do Chile e Alta Comissária da ONU para direitos humanos], além de relatórios independentes produzidos no próprio país. Falar de democracia é falar de eleições livres. Se Lula quer defender a autodeterminação dos povos, é preciso tocar neste assunto. Me atacar para pôr panos quentes ou não mencionar o assunto não ajuda a democracia, nem o povo venezuelano. Lamentavelmente, esta ditadura impediu o crescimento econômico e provocou a crise migratória mais grave do planeta. O presidente Lula presta um grande desserviço à democracia ao não se posicionar frontalmente em defesa dos direitos humanos e, por consequência, da democracia – declarou.
CRÍTICAS NAS REDES Também por meio do Twitter, na última segunda-feira (23), Guaidó criticou Lula e ressaltou que não há democracia na Venezuela.
– É abominável que os professores ganhem $ 6/mês porque não há democracia na Venezuela e saquearam o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, saqueando intimamente associado à Odebrecht. É hipócrita falar em democracia e não apontar para Maduro, por compartilhar ideologia ou questões econômicas.
Por meio de suas redes sociais, nesta quinta-feira (5), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que a manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será “objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais”.
– A manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais. A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança – escreveu.
Na última quarta-feira (4), em entrevista ao jornal O Globo, Marinho havia dito que pretendia acabar com a modalidade de saque-aniversário.
De acordo com o portal G1, a mudança de postura do ministro representa um recuo causado pela repercussão negativa da declaração anterior dele.
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