
Nesta quarta-feira (12), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu o pedido de governadores e líderes partidários para adiar a votação do Projeto de Lei Antifacção. O texto, que endurece penas e amplia o combate ao crime organizado, voltará à pauta na próxima terça-feira (18).
A decisão foi tomada após o relator do projeto, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), apresentar a quarta versão do parecer. Governadores aliados de Jair Bolsonaro e o próprio governo Lula (PT) defenderam mais tempo para debater o impacto da proposta.
Entre os signatários do pedido estão Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Jorginho Mello (PL-SC). Eles alegam que o texto chegou ao Congresso sem diálogo com os estados e sem análise dos custos para o sistema prisional.
O movimento gerou um raro alinhamento entre governadores conservadores e o Planalto. Ambos avaliam que o projeto precisa de ajustes para garantir equilíbrio entre União e estados na luta contra as facções.
Hugo Motta afirmou que a Câmara fará uma sessão exclusiva na próxima terça-feira para votar o tema.
– A discussão se dá no dia a dia. O relator conversou com lideranças e governo. Demonstrou que está aberto ao diálogo, à construção política – declarou o presidente.
O PL Antifacção tem relatoria do deputado Ricardo Salles (PL-SP). Parte da oposição vê a proposta como resposta ao avanço do crime organizado nas fronteiras e presídios, mas a pressão dos estados pode levar a uma revisão do texto antes da votação final.
FONTE:PLENO NEWS

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